...Sou menino, sou muleque, sou homem encaro a vida como se ela fosse sempre uma surpresa, não tenho medo da dor, não tenho medo do mundo e nao preciso fingir.....canto porque eu gosto, nunca quis fama,so quis ser reconhecido por alguma coisa,fosse ela ruim ou boa, e nao sou exemplo pra ninguem....nao amo todo mundo,so tento buscar algo de bom em cada pessoa......se bebo demais ou fumo demais ? depende de quem tiver ao meu lado....se a pessoa faz tanto quanto eu, ela nao vai achar que é demais......tenho muitos deuses e acredito em todos eles .
Muita coisa passou...eu mudei..minha visão de mundo mudou....meu corpo mudou...meu circulo de amizades mudou...meu coração mudou. Eu consegui ser enxergado como outro, mas as pessoas viram o exteriótipo,viram o que quiseram ver... e meu coração continuou aqui, intocado... Com marcas enormes.. eu pude gritar,eu pude calar, mas ele continuou sofrendo.....Eu sempre fui louco, fiz coisas que jamais lembrarei, outras que me dão famas controversivas, mas no fundo eu e o resto da populaçao mundial... desejam um colo no final do dia, para chorar ou apenas suspirar....Eu sou um corpo para maior parte das pessoas, e agora entendo, quando leio sobre gia carangi " todos viram a beleza, ninguém viu a dor". Eu poderia dar o mundo com o meu coração, mas tudo que há de se fazer é esconde-lo em pról da sobrevivência do corpo.
Antes de ficar doente ja me sentia como um personagem. Eu estava aparecendo mais em coluna social com um copo de uísque na mão do que pelo meu trabalho. Todo dia nas ruas, nas festas, querendo aproveitar cada minuto, mas estava meio down, ou então um clone de mim mesmo. "
"Não foi Neruda quem disse: feche os livros e vá viver? Pois fui!"
" Eu consegui ver que eu mereço ser feliz, porque eu achava que não merecia. Eu era muito culpado, por isso fiquei mal, não conseguia ser feliz. Era muito feliz para o lado de fora, o 'exagerado' da rua, mas comigo mesmo não".
" A maioria das coisas que faço, por incrível que pareça não é auto-referente. A inspiração vem muito das situações que vivem as pessoas que estão à minha volta, embora cante na primeira pessoa, sempre tiro de um amigo que brigou com a namorada.... E por aí. "
"Todo mundo comentava: o Cazuza vive rindo, é o cara mais louco, distribuindo felicidade, levantando o moral de todo mundo'. E eu, lá dentro mesmo não gostava de mim. Foi uma loucura quando descobri isso. Porque é óbvio, todos estes temas de análise, de não gostar da gente, da culpa, sempre estive por dentro, conversava com amigos analistas, mas nunca tinha parado para olhar para dentro de mim. "
"Eu sempre fui uma pessoa de duas vidas, de duas casas. Eu era durante o dia uma pessoa, e à noite tomava quinhentos mil conhaques, e virava o Super Cazuza, entendeu? Isso me encheu o saco". - Cazuza
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