quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FLORES SÃO FLORES...VIVAS NUM JARDIM! PESSOAS SÃO BOAS...JÁ NASCEM ASSIM!

amooo d+ essa cena!!!Essa amizade é pra todaa a vida!!PRO SEMPRE!








"Graças a Deus, sou uma pessoa que não tem inimigos. Deixa até bater na madeira... não posso dizer que de tal pessoa eu não gosto, posso até não me ralacionar muito com elas, mas não tenho inimigos. Luto para não ter, trato todo mundo bem, sou muito vaselina. Ajo assim deliberadamente. Já tive até quem eu pudesse odiar, mas não entro nessa. É um peso desnecessário. Sou muito egoísta, centrado em mim mesmo, para me incomodar assim com os outros". - Cazuza


'Tenho uma grande admiração por Cazuza, pela sua rabugice, por uma exigência de afeto. Era exigente com a amizade, com a proximidade, e queria que o mundo se revelasse através da capacidade de cultivar pessoas. Eu via muito mais isso nele do que essa imagem de rebelde impessoal. A música dele refletia isso. Essa coisa de querer todas as portas abertas, o tempo todo. Era comunitário, precisava de muita gente com ele, muitos amigos, muitas amigas. "O maior abandonado.'

Gilberto Gil, sobre Cazuza

ENTREVISTAS COM ALGUNS AMIGOS DE CAZUZA...

ÉPOCA: Há algo que você discorda do jeito que foi mostrado?

Frejat: Tem uma hora que meu personagem diz que 'somos uma banda de rock, não podemos tocar samba'. Quem me conhece sabe que eu nunca diria isso de verdade. Mas acho que ali, no contexto do filme, a fala se encaixava para representar um conflito, a busca insaciável de Cazuza pela diversidade. Ele era meio desfocado, a gente discutia às vezes. Mas não exatamente por esse motivo, nem com essas palavras.

J - Daqui a 50 anos, como será vista a obra de compositores como vocês?

Lobão -Quem sabe um Ariano Suassuna desses da vida, no futuro nos enquadrará como brasileiros legítimos de pura cepa mestiça e origem controlada com selo de qualidade e proveniência para que nos tornemos alguém nacional da gema com a dignidade intelectual aferida e confirmada neste celeiro jeca de belezas postiças impostas goela abaixo que chamam de Brasil !.... Seremos a próxima aula de moral e cívica, e essa será nossa vingança ! Hahahahaha!


J -Como Guto imagina que seria o Cazuza aos 50?
Guto - Um pensador, como foi Gilberto Freire, Darcy Ribeiro, etc... Estaria contribuindo muito para grandes mudanças sociais certamente.


J -Quais as transformações mais visíveis entre a obra de Cazuza, antes e depois da Aids?
Guto - Cazuza foi excepcional desde o princípio, o público é que demorou a perceber isso. Com a doença terminal e a piedade católica do brasileiro, todos resolveram tirar o chapéu pra ele. Graças a Deus, ainda em vida.


J - Como você conheceu Cazuza?

Sandra - Conheci através da mãe dele. Lucinha falava demais dele, que na época morava em Nova Iorque. Na época, ela ia gravar um disco e fui mostrar uma música pra ela. A gente se encontrou numa gafieira no Rio... e foi uma paixão à primeira vista.


J -Tem lembranças marcantes dele?

Sandra de Sá - Tenho duas lembranças bem fortes do Cazuza. A primeira, eu estava grávida de três meses. Estávamos bebendo, eu estava com um como de uísque na mão. Quando ele viu, me deu uma bronca – “sua irresponsável, eu não quero que o meu afilhado seja um louco antes de nascer” (risos) – e tomou o copo da minha mão. (Cazuza era padrinho do filho de Sandra, Jorge, hoje com 23 anos). A outra é a imagem dele no batizado do meu filho: estava todo de branco, com uma vela na mão... (pausa) Ele é o meu melhor amigo até hoje!


J -Como você soube da doença?

Sandra de Sá - Ele estava tentando me falar, mas eu não entendia... não queria me dizer diretamente. Um dia, estávamos juntos e outra pessoa, que não lembro que foi, falou da doença.. e ele me olhou. Depois, nunca mais comentamos... (pausa) Eu fui muito covarde. Ele me conhecia tanto, acho que o silêncio dele foi por isso. Teve uma vez, ele já bem doente e sem andar, que fui visita-lo. Cheguei perto dele e ele me disse no ouvido: filha da puta covarde, nem vem me visitar...


J - Como soube da morte de Cazuza?
Sandra de Sá - Estava em casa, acordando... uma coisa assim. Não me lembro bem. Só sei que xinguei muito (emociona-se).


J - E Cazuza aos 50? Como seria?
Sandra de Sá - Ele ia ter muito orgulho do afilhado dele, que apesar de ser bem pequeno quando Cazuza morreu, é alucinado por ele...


J – Como seria a relação do Zeca aos 70 com o Cazuza aos 50?

ZECA – A gente já teria brigado umas 500 vezes, mas isso não é palpável. Não quero luzes, quero mágica! Não sei o que seria, sei que ele não está mais aqui...

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